domingo, 10 de maio de 2009

Expedição fotográfica.




Vim a Minas para ministrar “Técnicas de Fotografia na Natureza” no curso de Pós-graduação Latu Sensu em “Avaliação da Flora e Fauna em Estudos Ambientais”, coordenado pelo Prof. Antonio Carlos da Silva Zanzini, na UFLA, em Lavras, entre os dias 4 e 9 de maio de 2009. Me programei para que ao menos três dias eu ficasse livre para fotografar o cerrado, e a minha escolha foi voltar a Itutinga que sempre trouxe bons resultados fotográficos graças à sua exuberância de cenários e a das vidas animal e vegetal da região.
Estou escrevendo este texto na véspera da partida para Bertioga, minha e de “De”, depois de três dias e meio de muitos “clicks” e com a certeza do sucesso no trabalho realizado. Estou indo contra a minha vontade, que é de ficar mais nestas bandas e, com certeza, uma das razões das produções serem realizadas com um aproveitamento fantástico é a parceria com a “Conexão Aventura” do “Paulo e da Adriana e toda a sua equipe”, que já nos levaram em expedições fotográficas, seja a pé ou de caiaque, para muitos pontos desta região.
As serras oferecem pontos especiais para que o dia comece com uma produção fotográfica do nascer do sol. Depois, escolhendo qualquer rumo pela zona rural, encontro diferentes emoções para um “click”, no próprio cenário das estradas, com as matas, vales, afloramentos rochosos e sempre perto de muita água, corredeiras, remansos, cachoeiras e fantásticos tanques como o Poço da Aliança e o Poço do Engenho, visitados hoje, no Pombeiro, tendo Renato Andrade como guia.
Uma caminhada no cerrado sugere colocar minha lente macro, que me leva a ver, ter emoções e fotografar os pequenos detalhes que surgem como mágica. É aí que eu conto com bons parceiros de caminhada, ninguém tem pressa ou se incomoda com a “velocidade” do fotógrafo.
Para terminar o dia, Paulo nos levou para o alto da Serra do Pombeiro para assistir um espetáculo não muito comum; um pôr-do-sol com o nascer da lua. Para descrever esta emoção a De soltou a frase; “Du, olhe que coisa louca, não parece que estamos na esquina do mundo, de um lado o sol e de outro a lua?”.
Esta mistura de cultura, mata e cerrado em uma mesma caminhada é um prato cheio para quem curte fotografia em um lugar de gente boa e hospitaleira que torce e ajuda para que seu trabalho seja o melhor.
Abraços para Itutinga!

Um comentário:

  1. Du Zuppani é um fotógrafo de uma sensibilidade sobre-humana e competência inquestionável. Ao seu "click" a natureza se transforma na mais pura arte, na mais eloquente poesia, e leva ao devaneio.
    Recebê-lo, dar suporte e logística em suas expedições por Itutinga vai além do prazer: é beber na fonte, participar da criação, ajudar a fazer o mundo mais justo e belo.
    Obrigado, Du! Pela companhia agradável, pela conversa inteligente, pela divulgação das belezas de Itutinga!

    ResponderExcluir